22/10/2008

POLIDO


Para conseguir interiorizar esta poesia deixo aqui uma dica…suponha que é uma alma em comunicação com a própria sombra, rosto perdido em diálogo polido, gasto, esquecido, dasamado a fútil, insípida na pequenez estrada da sua vida. Só que no final passou sem ser vivida, ouvida!
Moral da história que fantasmas criamos e neles nos transformamos!
Leia devagar…

Polido
espaço aberto, espaço…
corrente do eu…partida
e na vanguarda, o tempo
deixou de ser…importância
perdida!

Polido
gasto para além
de quem?
derrapa, avança
cansa… ou será que…
dança?

Polido
no tempo ou…
no pensamento
porque jaz?
porque adormece?
acontece…não é?!

Polido
porque é bom ter?!
e querer mais… e mais
que mau é ferrar!
a quem? ao outro?!
avança…já não há…
lembrança!

Polido
porque criei e… se calhar…
subjuguei
porque nem sempre…
me sacrifiquei
em afectos…
incertos
para quê?
recua e vê…olha
aquele abraço…
que ficou por dar!
o beijo…
que deixei de…
com ternura…de
beijar!

Polido
textura lisa
rompida apenas
que pequenas…são
as mãos
de quem?
dos corações!
fugidos do…
bem!

Polido
aqui e além…
nas bermas
nem por isso…
o quê?
não?!
se cruzaram…
as pernas humidas
no cio carente
de mim de ti…
da gente!

Polido
desliza, mas não
esbarra!
fugiu a sede
de beber…
de ti
meu perdido
mel fluido!

Polido
rasga…tira…
de mim
o quê?
Não sabes? E acabei de te dizer…
este ser polido sem fim…
e sem prazer!

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