09/08/2009

SEM IMAGENS

Algures por aí…

no teu corpo…procuro o tempo que ultrapassou as vontades, descolando os pés em que o chão afundou espasmos santos…

desliza em mim o desligar do antes em que o depois seja porém, no semblante carregado da noite… sem…

abismo dos sentidos perturbados da ânsia…diagnóstico da razão abstracta.


e o medo…e o medo…esse animal que devota silêncios…

nos cantos atalaia a fuga, num observar de prurido…desnuda

por favor…fica em mim solta e muda!


sobram sempre pedaços de alma , rabiscos de tinta sem fundo

em retalhos que rotundam o eu e o tu…deslocam-se em quedas -Niágara…

Iguaçu…o eu e o tu desprotegidos de roupas e a nu.


de permeio bamboleamo-nos nas pontes, por onde a razão se esquece de passar

no óculo da montanha crua, por onde o túnel se afunda…oiço a sirena… vejo o mar…

tilinta a moeda na queda da ranhura, solitária na essência …dulcificas o mutismo, és a mão que desenlaça a dúvida…no deslizar de dois corpos em cura.


cada momento trespassa o achado, siderado em pesquisa anelada

o que vi…

o que vejo…

o que ouvi…

o que oiço…

respondo nas sílabas contíguas


plantei os meus lábios em teus seios…em correria de aborígene descalço no mato…sagacidade de quem acha o achado num rosto…eterno o beijo sem oposto.


a vós chego…no aconchego…em deleite estrelas vigiam o fim sem fim nunca acabado de dois corpos em êxtase… extasiado!


Sereis na procura avassalas as minhas tempestades, porque sois…sem lérias as minhas… F.É.R.I.A.S!

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