solidifica-se o dúbio entre a tortura de um achado, panfleto do des-maio sem aspas,
[virtude], não te quero profanada de incenso mortal!
antes a parra que a uva em jardins de alfabetos discordantes!
para que eu... vi-va de palmas faciais...
Acerca de mim
28/10/2009
MEIO AUSENTE-MEIO PRESENTE, COMO UMA FOLLHA
Direitos reservados a: Jorge Vieira Cardoso às 15:05 6 carimbos
07/10/2009
O MEU LUTO
Agora que o teu sol se pôs, faz descer até mim as tuas mãos, dá-me o teu eterno carinho, enrola de novo os meus cabelos...Doce, tão doce mãe!!!
Ainda Setembro e bem preguiçoso, no meio da penumbra o dia nascia, tão pequenino! Tal e qual o Outono acabadinho de chegar. Repimpão e manhoso aquele sol atrevido preparava-se para aquecer as colinas, onde os cachos de uvas passado horas e arrancados pelas mãos cálidas se desprenderiam das vinhas a horizonte da falésia. Na enseada aquela criatura de Deus pernoitava em segundos derradeiros. No abrir de olhos reuniu forças e pediu mais uma vez a grande mão em amparo, tentando completar a caminhada que os passos do tempo levariam até mais além… Sorte da memória, ramo de glória em árvore genealógica que acompanha o suspiro até ao último momento, que se solta feito lamento, tal e qual fruto da ramada. Mas o corpo sofrido em rosto gracioso regressa ofegante e deita-se devagarinho no leito. Depôs das suas mãos o testemunho da passagem ao apagar dos olhos... Libertou-se e deixou-se levar pelo sono mais longo, [carícia perfeita da imperfeição terrena!]
A Progenitora…Elevo o meu testemunho ao som inacabado do momento, as minhas mãos serão os elos dos vossos olhos, assim, durante o meu sono poderei libertar a angústia do eclipse.
E…enquanto as lágrimas do vosso luto indagaram o silêncio farto
Cederei o entregar da dolência impune
Para libertar num grito surdo, o som da alma…
Ai de ti… querida mão que seguras o fim…
Num espírito de sinopse entretido no meloso vento
Na madrugada…
Não contesto o quão durável é a minha expiação
Por que eu… acabei de lhes dizer Adeus…
Respondem os filhos dizendo: para quem tanto nos amou… nunca esse “Adeus” terá punição!
Direitos reservados a: Jorge Vieira Cardoso às 11:24 5 carimbos