06/09/2010

PRETÉRITO IMPERFEITO

Entre nós, o atípico estado inebrio, floresta de desejos, abraso de metáforas sinuosas.
Achei que nos víamos nas sondas subaquáticas de mente pérfida, seremos massa cinzenta ou teias sedosas de bicho borboleta em casulo hibernante.
Adorei rever-te após o teu novo TU, nas tuas vestes nuas de impedimentos.
Como faremos para entrelaçar nossos corpos no esvazio da mente, sem o passado que nos suga?

08/05/2010

Apresentação do Livro - "Da Alma Nada Se Sabe"

30/03/2010

Se não o fazemos, arrependemo-nos...



Onde vais pequeno céu, deslumbre de um futuro sem presente, porque não esqueces as horas dentro do módico orifício___________________ fala-me... diz-me que me amas, porque proteges o cariz completo sem vida?

Na tua face me enlevo, no teu circular de pétalas paridas me perco, nego o reter da promessa ao som pernoite ________________________ao dizer que te amo com afogo, porque as pessoas se cessam…

19/03/2010

PECADOS:::




às vezes mordo-me estranhamente em dilacerados objectos de validade [Zero]

às vezes serei prisão sem prisioneiro levitando manchas de solo vidrado [Quebrado]

às vezes sou quem tu queres, mas tu não me achas nos teus sopros de [Afectos]

tantas vezes os choros onde se deita a minha face, morrem na madrugada que não se avizinha [Ainda]

porque me chamas, se palavras não ouvidas pernoitam em léguas exageradamente tensas do objecto homem em forja moldado, vivo, em madeiro [Amortalhado]

27/02/2010

EFEITO BORBOLETA

Vento tão calado, intolero-te dentro de mim. Águas férreas corroem as minhas paredes internas, calo-me porque as palavras são de quem as conhece, obedeço-me porque não me sei contrariar.
Todo eu sou trauma…incendeio a minha pele a cada toque teu, salivo suor, a cada sono que não me adormece, estremeço na órbita, ou na falta de oxigénio, penduro a minha vontade, porque o arrasto fica próximo.
Todo eu sou trauma…mesmo quando fui criança um dia… já lá vai o tempo fundido no hoje, como passado que nunca passa, esmago os dias na crispação das minhas mãos gastas, nado no meu perfume desvirtuado e alimento-me de febre.
Todo eu sou trauma…parte carrossel, que não me apanhas, no trato mel, que não me encontras. Canta na tua senda por onde nunca me vi, e pernoita no lado dentro, onde eu não entro…
Todo eu sou trauma…foge do meu toque, ignora a minha sombra, muda de lado na rua, o vento que me sai, é desalento e actua, é intento nauseante, tão constante…
Morre-me nas minhas cábulas, antes que eu nos morra sem alma, já que todo eu sou trauma…

Texto baseado no filme com o mesmo título.

22/02/2010

IPO “As sombras do Hospital, também têm vida…”

Pressionei a caneta, tinha de escrever sobre…Dei um jeito à dor de costas e apliquei os sentidos em cima de algo…
Invisível é o coração quando tenta remediar as inflamações da nossa sede de cura.
Invisíveis são os passos e em viés são as mãos, que se abrem na tentativa de nos curar.
Os corredores estreitam a passagem da mente, as salas fornecem espaço e utensílios, que a mão humana usa. Os quartos gravam nas paredes o som das cicatrizes e libertam o odor da indisposição.
Espreitei uma porta e vi o enjoo, ainda era jovem tal dona, estava ligada a uma máquina, “quimioterapia” “radioterapia”, não o sei bem!
Andei mais um pouco…“faz-lhe bem andar!” Ora sorrindo, ora filtrando desconforto, falavam aquelas figuras de bata branca!
Ao fim do corredor altos berros indiciavam que mais alguém sofria…desviaram-me os olhos e encaminharam-me até outro lado. Entrei no elevador, subi e desci… Crianças, não é possível! Como foi que Deus se esqueceu delas? Porque é que a pretensa cura os horroriza?
Tenho de chegar rápido ao meu quarto, preciso de me ver…Tenho de apagar os nódulos mentais que avivam o meu receio!
Rodam as rodas da cama, a coberto do lençol um corpo se despede, resignado ou não, encosto-me às paredes e deixo-o ir…
Arrepio-me…tão sofrido cá cheguei, mas só me via! A minha dor parecia única, a mais autêntica!
Tão longe da verdade vão os nossos sentidos! Tão longe e tão nossa aquela dor, que como protecção aferrolha os nossos olhos!
Hoje sei que me vens visitar, pedia-te que me levasses daqui embora… mas não o faço, quero que me vejas num novo EU!
Anda cedo, preciso de partilhar contigo tudo o que puder… de uma vida quase mágica, que a cada passo nos empresta mais alguns segundos.


Carta de alguém que no meio de tantos regressou à vida dizendo… aqui retorno… com novas “ferramentas”, para cultivar pequenas flores de uma existência, feita de segundos…

15/01/2010

A INÉRCIA DO ARRASTO [com que choramos rotina]

Inerte, molhado, gotícula do dia calado, estremunhado, roubo de direito forçado.

ninguém canta lamento, apenas o vento, arrasto de grito, surdo aflito____________olhar calado que diz__________ [AMA-ME em BIS!]

12/01/2010

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