Se fosse possível eu não andava, corria, corria atrás de ti, tempo perdido. Tenho a certeza que te havia de encontrar, algures escondido no labirinto dos anos, dos dias, das horas, talvez, mas nesta actualidade de tempo usufruo desta convicção que o meu Sol me ia guiar até ti. – Passado.
Começava hoje a recuar na idade do erro, a remover o entulho, num alisar do caminho que circunda os meus olhos, desenrugaria o rosto e só “descansaria” em Agosto.
E em Setembro continuaria, os sete Mares eu sulcaria. Não me resignaria à vontade dos dubitativos Deuses e correria outra vez sem o esgano do amargo fel, massajaria as minhas pernas de bálsamo e o meu peito de mel, quebraria o aperto que me asfixiou numa vida assistida de lado errado. – Calado.
Do bichinho do betão, arrancaria num arriscado contra-mão, acordado nas horas que dormi a mais, recuaria de Avião de TGV e sei lá mais o quê?
O importante era chegar, aquele mesmo lugar, ali, onde todos os sonhos pararam, e os meus remos encalharam, onde no facilitar adormeci com medo de seguir o trilho, que me levava até ti. – Outra vida.
Chegado àquela linhagem, sem tenção na bagagem, levantar-me-ia do plátano onde hipnotizei a paz, desenterraria a rede das algas, exibiria o troféu nas minhas palmas, semearia pela terra a origem em farta faina e germinado, só assim poderia regressar aqui, e na verdade ser o que não fui. – Achado.
7 comentários:
muito original, continua
Vitor cardoso
Vim lá do Cor de dentro.. para te visitar,
e aqui encontro palavras de puro sentimento. Sinceras e presentes.. verbalizam todo santo desejo.
Que sua luta se torne um grande e fabuloso fim.
Abçs,
Texto de hoje: cErTeZa...
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O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...
pode alguém ser quem não é?...
:)*
Jorge,
Teu texto é brilhante!
Beijinhosssssssssss
Gostei dos seus textos :D
Como notas andei a passear por este canto..procurando pequenos carimbos feitos a tua medida e mais depressa que de repente encontro esta pérola.
Docemente lapidada e brilhante.
Adorei como ele (o texto) descreve uma infinidade de emoções desconexas.
Beijo...oculto
...O importante era chegar....
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